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A Casa do Alto

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                                                              “Recriar a vida com preceitos mais dignos no que é essencial (…) alcançar outros níveis e padrões, e passar cada vez mais a enxergar o que é pequeno, em seu sentido mais amplo” –  Amanto

 

A Casa do Alto não defende, nem luta por uma postura de “combate” nem por uma causa específica ou setorizada, nem por qualquer coisa, alias, mas procura, por outro lado, viver na prática um “testemunho de síntese” do que acreditam e querem ver realizado primeiramente para sí e, por esse meio, no mundo. Querem garantir apenas um “exemplo” por mais pontual que seja a ser adaptado num eventual processo espontâneo de generalização, um modelo a ser adotado por outros indivíduos e grupos, em algum lugar, dando origem a uma rede por afinidades “transformando” o mundo.

Diríamos que a Casa do Alto incorpora uma postura pacifista da não violência. Reúne indivíduos combativos, sim, mas não só em termos de mundo externo e do universo do TER, mas no mundo interno, nos domínios do autoconhecimento de si mesmos, no âmbito dos domínios do SER.

Casa do Alto

Poderíamos dizer que a Casa do Alto trata da inclusão do indivíduo no mundo do SER, da SUSTENTABILIDADE DO SER (ecologia profunda), como maneira de mobilizar uma sociedade justa e harmoniosa verdadeiramente avançada, ecológica e visceralmente pacifista no mundo do TER.

Mais do que simplesmente acreditam, a Casa do Alto vive numa escala crescente, a idéia de que a realidade externa é um “espelho” de como estão os indivíduos em si diante de si mesmos, razão pela qual optaram por não mais lutarem contra os “moinhos de vento” de Cervantes, ou os espectros de sí mesmo e passam a trabalhar realmente as causas e não apenas as consequências de tudo isso que vemos por aí.

De um modo geral, a Casa do Alto entende que grande parte dos quais o mundo moderno convive decorre não só do modelo ou

sistema vigente e que, naturalmente, impõe e defende seus paradigmas na luta por sua sobrevivência como de resto faz ou faria qualquer organismo. Entende que o mundo ou a nossa civilização vive, em realidade um “crise de percepção”, até por continuar a achar, na sua compartimentada visão de mundo e realidade marcado por uma cultura cosmogônica simplesmente organizada, que as soluções virão quando cada peça do quebra cabeça for consertado. É uma maneira prática que estamos procurando operacionalizar cada vez mais para que todos possam cooperar efetivamente, enquanto nos mantemos mobilizados e conscientes de nossa potencialidade e do acervo de bens, recursos, conhecimentos e grau de mobilização que possuímos para a execução de nossos objetivos.

Rumo aos Museus

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Projeto Rumo aos Museus

Chega ao final a edição de 2011 do projeto Rumo aos Museus. O projeto é uma iniciativa da Oficina Casa do Ato, selecionado pelo edital do Centro Cultural Banco do Nordeste – Cariri, para o programa Novas Idéias.

Com o intuito de estabelecer uma proposta de educação patrimonial, o projeto levou uma média de 50 pessoas por roteiro para conhecer os museus da região do Cariri. Foram seis roteiros contemplando locais como a Fundação Casa Grande, o complexo museológico da Colina do Horto, Museu de Paleontologia da URCA, entre outros. Infelizmente com a reforma dos museus do Crato ficou inviável a visita dos mesmos, então foi acrescentado o Museu do Gonzagão em Exú-PE.

Para saber mais informações e conferir fotos e vídeos dos roteiros visite o blog do projeto: www.rumoaosmuseus.worpress.com

Brincando com terra

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pisando a massa para o reboco

Brincando com Terra, é uma atividade proposta pela Oficina Casa do Alto que vem gerar reflexões relacionados ao meio ambiente, sustentabilidade e preservação do patrimônio edificado. Um trabalho voltado as crianças estimulando a cidadania ambiental e a cultura da sustentabilidade, dando um novo significado as práticas cotidianas. Assim, esta proposta, foi idealizada para que através de seu desenvolvimento se torna-se possível a conscientização, a valorização e o resgate do patrimônio imaterial, especificamente as técnicas construtivas com terra.

Sustentabilidade e cuidado: um caminho a seguir

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Há muitos anos, venho trabalhando sobre a crise de civilização que se abateu perigosamente sobre a humanidade. Não me contentei com a análise estrutural de suas causas, mas, através de inúmeros escritos, tratei de trabalhar positivamente as saidas possíveis em termos de valores e princípios que confiram real sustentatibilidade ao mundo que deverá vir. Ajudou-me muito, minha participação na elaboração da Carta da Terra, a meu ver, um dos documentos mais inspiradores para a presente crise. Esta afirma:”o destino comum nos conclama a buscar um novo começo. Isto requer uma mudança na mente e no coração.

Canteiro de Pneus

Requer um novo sentido de interdependência global e de responsabilidade universal”. Dois valores, entre outros, considero axiais, para esse novo começo: a sustentabilidade e o cuidado. A sustentabilidade, significa o uso racional dos recursos escassos da Terra, sem prejudicar o capital natural, mantido em condições de sua reprodução, em vista ainda ao atendimento das necessidades das gerações futuras que também têm direito a um planeta habitável. Trata-se de uma diligência que envolve um tipo de economia respeitadora dos limites de cada ecossistema e da própria Terra, de uma sociedade que busca a equidade e a justiça social mundial e de um meio ambiente suficientemente preservado para atender as demandas humanas. Como se pode inferir, a sustentabilidadae alcança a sociedade, a política, a cultura, a arte, a natureza, o planeta e a vida de cada pessoa. Fundamentalmente importa garantir as condições físico-químicas e ecológicas que sustentam a produção e a reprodução da vida e da civilização. O que, na verdade, estamos constatando, com clareza crescente, é que o nosso estilo de vida, hoje mundializado, não possui suficiente sustentabildade. É demasiado hostil à vida e deixa de fora grande parte da humanidade. Reina uma perversa injustiça social mundial com suas terríveis sequelas, fato geralmente esquecido quando se aborda o tema do aquecimento global. A outra categoria, tão importante quanto a da sustentabilidade, é o cuidado, sobre o qual temos escrito vários estudos. O cuidado representa uma relação amorosa, respeitosa e não agressiva para com a realidade e por isso não destrutiva. Ela pressupõe que os seres humanos são parte da natureza e membros da comunidade biótica e cósmica com a responsabilidade de protege-la, regenerá-la e cuidá-la. Mais que uma técnica, o cuidado é uma arte, um paradigma novo de relacionamento para com a natureza, para com a Terra e para com os humanos. Se a sustentabilidade representa o lado mais objetivo, ambiental, econômico e social da gestão dos bens naturais e de sua distribuição, o cuidado denota mais seu lado subjetivo: as atitudes, os valores éticos e espirituais que acompanham todo esse processo sem os quais a própria sustentabilidade não acontece ou não se garante a médio e longo prazo. Sustentabilidade e cuidado devem ser assumidos conjutamente para impedir que a crise se transforme em tragédia e para conferir eficácia às praticas que visam a fundar um novo paradigma de convivência ser-humano-vida-Terra. A crise atual, com as severas ameaças que globalmente pesam sobre todos, coloca uma improstergável indagação filosófica: que tipo de seres somos, ora capazes de depredar a natureza e de por em risco a própria sobrevivência como espécie e ora de cuidar e de responsabilizar-nos pelo futuro comum? Qual, enfim, é nosso lugar na Terra e qual é a nossa missão? Não seria a de sermos os guardiães e e os cuidadores dessa herança sagrada que o Universo e Deus nos entregaram que é esse Planeta, vivo, que se autoregula, de cujo útero todos nós nascemos? É aqui que, novamente, se recorre ao cuidado como uma possível definição operativa e essencial do ser humano. Ele inclui um certo modo de estar-no-mundo-com-os-outros e uma determinada práxis, preservadora da natureza. Não sem razão, uma tradição filosófica que nos vem da antiguidade e que culmina em Heidegger e em Winnicott defina a natureza do ser humano como um ser de cuidado. Sem o cuidado essencial ele não estaria aqui nem o mundo que o rodeia. Sustentabilidade e cuidado, juntos, nos mostram um caminho a seguir.

Leonardo Boff Teólogo/Filósofo

Programação Cine Clube Zé Sozinho – Sessão Curumim / novembro

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Títulos da Programadora

Dia 09/nov/011

08h Sessão Currumim: Gilda e Gilberto. (Brasil, 2003). Gilda uma águia criada entre galinhas, acredita ser uma delas e se esforça para se comportar como tal. Apreensiva e cheia de medos, Gilda é incentivada por seu amigo, o pintinho intelectual Gilberto, a descobrir sua verdadeira identidade. Cor. Animação. LIvre. 8 mim.

08h10 Sessão Currumim: Bartô. (Brasil, 2006) – Depois de finalmente encontrar uma árvore que lhe oferece sompbra, o bode Bartô tem de encarar um lenhador decido a cortá-la. Cor. Animaçao. Livre. 7 Min.

Dia 16/nov/011

08h Sessão Currumim: A bruxinha Lili (Brasil, 2008). Era uma vez uma bruxinha muito, muuuito, mas muuuuito curiosa mesmo! Lile é uma crianca feliz, ávida por descobrir os “porquês” de tudo. Cor. Animação. Livre. 6 mim.

08h10 Sessão Currumim: O vento. (Brasil, 2003/2005). Por causa do vento, uma menina perde seu chápeu, um menino sua pipa e uma idosa seu xale. No reencontro com seus objetos, surge um boa amizade. Cor. Animação. Livre. 4 mim.

Dia 23/nov/011

08h Sessão Currumim: O povo atrás do muro. (Brasil, 2007). Um povo descobre que não é o único habitante de seu pequeno planeta. Cor. Animação. Livre. 7 mim.

08h10 Sessão Currumim: O Veado e a Onça. (Brasil, 2006). Para ter um pouco de sossego, um veado resolve construir uma casa. Mas a onça pintada tec a mesma idéia e decide que aquela vai ser sua morada. Uma história do folclore brasileiro que fala sobre a dificuldade do convívio entre os inimigos. Cor. Animação. Livre. 13 mim.

Dia 30/nov/011

08h Sessão Currumim: Docinhos. (Brasil, 2002). Balões, apitos e línguas-de-sogra. Por trás de tudo isso uma história de amor impossível entre dois doces de aniversário. Cor. Animação. Livre. 8 mim.

08h10 Sessão Currumim: Calango! (Brasil, 2007). Um esfomeado calango decide que um grilo será sua próxima refeição… Mas as coisas não serão tão simples quanto ele imagina. Cor. Animação. Livre. 8 mim.

Local: Centro Cultural Raimundo de Oliveira Borges – Caririaçu
Horário: 08h
Produção: Oficina Casa do Alto

Programação Cine Clube Zé Sozinho – Sessão Curumim / outubro

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Dia 05/out/011

08h Sessão Currumim: As coisas que moram nas coisas. (Brasil, 2006). Enquanto acompanham seus pais, catadores de lixo, três crianças atribuem novos significados aos objetos descartados pela cidade, inventando brincadeiras e pontos de vista. Cor. Ficção. Livre. 14 mim.

 

Dia 19/out/011

08h Sessão Currumim: Cada um com seu cada qual. (Brasil, 2006). Camila, uma menina de 8 anos, vê uma caixa de papelão cair de um “burro sem rabo” e tenta devolvê-la a seu dono – um catador de papel. O homem lhe dá de presente a velha caixa. Ao chegar em casa, Camila encontra uma câmera na caixa – e então começa sua aventura. Cor. Ficção. Livre. 15 mim.

 

Dia 26/out/011

08h Sessão Currumim: Malasarte vai à feira. (Brasil, 2004). Numa feira no interior de Minas o lendário Pedro Malasartes tenta encher a barriga, nem que para isso precise cozinhar uma bela sopa de pedra. Cor. ficção. Livre. 12 mim.

 

Local: Centro Cultural Raimundo de Oliveira Borges – Caririaçu
Horário: 08h
Produção: Oficina Casa do Alto

Programação Cine Clube Zé Sozinho – Sessão Curumim / setembro

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Dia 14/set/011

08h Sessão Currumim: Calango Lango – morte e vida sem ver água. (Brasil, 2008). Calango Lengo, nordestino, tem que cumpri seu destino sem ter o que pôr no prato. Na seca não há outra sorte: viver fugindo da more como foge o rato do gato. Cor. Ani. Livre. 11 min.

08h15 Sessão Currumim: Dyane e Zé Firo (Brasil, 2009). Dayane não tem brinquedos nem amigos, mas, como toda criança, que brincar. Um dia, quando a solidão começa a apertar o coração de Dayane, Zé Firo – o vento menino – vem brincar com ela. Cor/PB. Ani. 11min.

Dia 21/set/011

08h Sessão Currumim: Josué e o pé de macaxeira. (Brasil, 2009). Ao trocar seu burro por uma “macaxeira mágica”, Josué descobre que não são apenas feijões que podem nos levar a uma aventura fantástica. Cor. Ani. Livre. 12 min.

08h15 Sessão Currumim: Um lugar comum (Brasil, 2009). Marina e Zezé se conhecem em uma praça e plantam uma árvore, símbolo de sua amizade. O filme acompanha o crescimento dos dois, seus encontros e desencontros. Cor. Ani. 10min.

Dia 28/set/011

08h Sessão Currumim: Mocó Jack (Brasil, 2007). Jack é um jacaré diferente e exótico, o que o torna um grande prêmio para o caçador. Mas ele sabe se esconder  e tem muita criatividade para escapar do contrabandista de animais. Cor. Ani. Livre. 11 mim.

08h15 Sessão Currumim: A Princesa e o Violinista (Brasil, 2008). Uma fábula sobre o surgimento da tristeza. Para proteger sua filha, a princesa, um rei resolve trancá-la em uma torre até o dia do seu casamento. Quando o pretendente é escolhido e vai à torre para encontrá-la, descobrem que foi seqüestrada por um violonista. Cor. Ani. Livre. 10 mim.

Local: Centro Cultural Raimundo de Oliveira Borges – Caririaçu
Horário: 08h
Produção: Oficina Casa do Alto

Programação Cine Clube Zé Sozinho – Sessão Curumim / agosto

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Dia 10/ago/011

08h Sessão Currumim: Os Xeretas. (Brasil, 2001). Dudo, Tato e Nick são garotos entre 12 e 14 anos, os Xeretas, que descobrem uma rede de túneis abaixo da cidade, que acaba por levá-los muito além do que eles poderiam imaginar. Tudo tem início quando eles encontram uma menina, com um estranho símbolo dourado tatuado no braço, vagando perdida pelas ruas de Castro. Cor. Ficção. Livre. 86 mim.

Dia 17/ago/011

Títulos da Programadora

08h Sessão Currumim: O Cavalinho Azul (Brasil, 1984). Era uma vez um menino, chamado Vicente, que tinha um cavalo – para seus pais, um velho pangaré marrom, bem feio e magro; para Vicente, um lindo cavalo azul Passando dificuldades, os pais vendem o pangaré para comprar mantimentos. Recuperar seu cavalinho azul é a missão e a aventura de Vicente. Cor. Ficção. Livre. 94 mim.

Dia 24/ago/011

08h Sessão Currumim: Portinholas. (Brasil, 2003). Maria Luiza, uma adolescente de 14 anos, descobre no livro “Portinholas” e nos quadros de Portinari o encantamento da vida e do mundo da arte. Cor. Animação. Livre. 7 mim.

08h10m Sessão Currumim: A lasanha assasina. (Brasil, 2002). Uma lasanha foi aquecida no interior de um congelador com defeito. A baixa temperatura e os gases do aparelho causam uma mutação e lhe dão vida, transformando-a em um monstro cheio de revolta! O que poderá deter uma criatura como esta? Cor. Animação. Livre. 8 mim.

Dia 31/ago/011

08h Sessão Currumim: O músico e o cavalo. (Brasil, 1986). O encontro entre um sanfoneiro de rua e um cavalo amestrado de circo, ambos vítimas de situações adversas e difíceis, traz a tona a amizade e a solidariedade. Cor. Animação. Livre. 5 mim.

08h10 Sessão Currumim: Quando os morcegos se calam (Brasil, 1986). Numa estrada deserta, um homem enfrenta uma terrível tempestade, até chegar a uma casa misteriosa onde uma surpresa o aguarda. Cor. Animação. Livre. 6 mim.

Local: Centro Cultural Raimundo de Oliveira Borges – Caririaçu
Horário: 08h
Produção: Oficina Casa do Alto

Sistemas Agroflorestais e Agrofloresta

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Muitas vezes conhecemos e observamos as propriedades rurais a partir de uma clara divisão de ambientes distintos. Assim, em uma fazenda ou sítio, além de visualizarmos as construções, que envolvem as casas, galpões, viveiros, galinheiros, pocilgas, estábulos, currais, cercas, entre outros, também claramente identificamos as divisões do uso da terra em pasto, horta, pomar, bananeiral, roça de plantio, área de reflorestamento, reserva florestal, entre outros, além dos açudes, lagos, nascentes e riachos. No modelo de agricultura convencional, cada espécie de planta cultivada ou silvestre geralmente fica confinada aos usos de um ou mais dos ambientes citados acima. Assim, em geral o milho vai na roça de plantio, mas não vai no pomar, a árvore de madeira de lei não vai na horta e a bananeira não vai na reserva florestal. Com sistemas agroflorestais, e mais especificamente com a agrofloresta, isso fica um pouco diferente.

Sistema Agroflorestal

O termo Sistemas Agroflorestais (SAFs) é bem abrangente e envolve “formas de uso e manejo da terra, nas quais árvores ou arbustos são utilizados em associação com cultivos agrícolas e/ou com animais, numa mesma área, de maneira simultânea ou numa seqüência temporal” (DUBOIS, 1996). Com isso, a inserção do elemento “árvore” nos cultivos agrícolas ou em meio às criações animais de certo modo já representa Sistemas Agroflorestais. Estes passam então a ser classificado de diversas maneiras. Quanto aos elementos, os SAFs classificam-se em Agrossilviculturais (espécies agrícolas anuais + árvores), Silvopastoris (árvores + criações animais) ou Agrossilvopastoris (espécies agrícolas anuais + árvores + criações animais).

Quanto à estrutura espacial e temporal, os SAFs ainda classificam-se em Consórcios Florestais (plantio de poucas espécies de árvores, geralmente em linhas, em meio a pastos ou a cultivos de espécies agrícolas anuías), Quintais Agroflorestais ou Quintais Produtivos (árvores, geralmente fruteiras para fornecimento de alimentos, plantadas nas proximidades das residências de maneira mais densa ou mais espaçada, como nos pomares), Cercas Vivas (uso de árvores para delimitar áreas, geralmente linhas adensadas de espécies com densa folhagem ou com espinhos), Quebra-Ventos (parecido com as cercas vivas, porém com propósito específico de diminuir a força e velocidade do vento), Curvas de Contenção (linhas de árvores plantadas em curvas de nível, com propósito de conter erosão do solo) ou Agrofloresta (plantio mais denso de espécies cultivadas anuais e florestais junto com espécies silvestres, seguindo um padrão que imita a sucessão natural das florestas nativas do lugar). Todas essas modalidades de SAFs podem ser utilizadas, e geralmente são, nos designs permaculturais.

Mas por que inserir árvores nas cercas, no meio da pastagem ou da roça de plantio? Os elementos arbóreos e arbustivos estão presentes na maior parte dos ecossistemas naturais terrestres, sobretudo nos tropicais. Árvores nos sistemas vivos cultivados aproximam sua estrutura daquela dos sistemas naturais, aumentando sua estabilidade. Além disso, as árvores protegem o solo das forças erosivas da natureza, abrigam boa parte da fauna silvestre, estocam e reciclam carbono, energia (nas ligações entre carbonos) e nutrientes minerais importantes para a regulação climática e para sustentabilidade e produção de qualquer sistema vivo, seja ele natural ou cultivado. Esse estoque é também de recursos que podem ser diretamente convertidos em divisas, como madeira, por exemplo. Madeiras de lei nas propriedades rurais são como uma “caderneta de poupança” natural para o agricultor, lembrando-se, claro, nesse caso, de que se deve sempre plantar e cultivar mais árvores do que se pretende cortar um dia.

Ufa! Mas, esse negócio de árvores no meio das lavouras e dos bichos está ficando um troço complicado! Sim e não ao mesmo tempo. Sim porque o cultivo e/ou a criação de espécies diferentes de plantas e animais no mesmo espaço torna a área de produção mais complexa. Não, porque essa inserção das árvores pode ser feita de maneira simples, ou seja, pode ficar mais complexo, mas não necessariamente vai ser mais complicado. É uma questão de conhecer e praticar o manejo dos SAFs, com o tempo passa a ser como andar de bicicleta.

Mario Eduardo Fraga da Silva
Eng. Agrônomo, Ecólogo
Permacultor e Agrofloresteiro

(Texto extraído do Site do IPC http://www.permaculturaceara.org/pt/textos/37-sistemas-agroflorestais-e-agrofloresta )

Programação Cine Clube Zé Sozinho – Sessão Curumim / maio

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Dia 01/jun/011

08h Sessão Curumim: O MOLEQUE de Ari Candido Fernandes. SP, 2004, Ficção, colorido, 13 mim. Tião é pobre e negro, mas tem orgulho de sua mãe, a melhor lavadeira da região. Ele sai para pescar com Pedrinho, seu único amigo. Todos os outros moleques adoram lhe dar apelidos, por causa da cor de sua pele. Mas Tião não vai agüentar por muito tempo e prepara sua vingança.

Dia 08/jun/011

Títulos da Programadora

08h Sessão Curumim: TAINÁ-KAN, A GRANDE ESTRELA de Adriana Figueiredo. RJ, 2006, animação, colorido, 15 min. Segundo uma lenda karajá, Tainá-Kan, a grande estrela, vem à Terra por amor, na forma de um homem velho. A lenda explica o surgimento da agricultura para o povo karajá. Suas bonecas de cerâmica servem de inspiração para os personagens, e a trilha é composta de músicas típicas.

Dia 15/jun/011

08h Sessão Curumim: UMA JANGADA CHAMADA BRUNA de Petrus Cariry. CE, 2004, ficção, colorido, 13 min. A experiência do primeiro amor: Pedro tem 10 anos e se apaixona por Bruna, de 11 anos. Ambos são filhos de pescadores, vizinhos na mesma aldeia de praia do Ceará.

Local: Centro Cultural Raimundo de Oliveira Borges – (Caririaçu-CE)
Produção: Oficina Casa do Alto