“Recriar a vida com preceitos mais dignos no que é essencial (…) alcançar outros níveis e padrões, e passar cada vez mais a enxergar o que é pequeno, em seu sentido mais amplo” – Amanto
A Casa do Alto não defende, nem luta por uma postura de “combate” nem por uma causa específica ou setorizada, nem por qualquer coisa, alias, mas procura, por outro lado, viver na prática um “testemunho de síntese” do que acreditam e querem ver realizado primeiramente para sí e, por esse meio, no mundo. Querem garantir apenas um “exemplo” por mais pontual que seja a ser adaptado num eventual processo espontâneo de generalização, um modelo a ser adotado por outros indivíduos e grupos, em algum lugar, dando origem a uma rede por afinidades “transformando” o mundo.
Diríamos que a Casa do Alto incorpora uma postura pacifista da não violência. Reúne indivíduos combativos, sim, mas não só em termos de mundo externo e do universo do TER, mas no mundo interno, nos domínios do autoconhecimento de si mesmos, no âmbito dos domínios do SER.
Poderíamos dizer que a Casa do Alto trata da inclusão do indivíduo no mundo do SER, da SUSTENTABILIDADE DO SER (ecologia profunda), como maneira de mobilizar uma sociedade justa e harmoniosa verdadeiramente avançada, ecológica e visceralmente pacifista no mundo do TER.
Mais do que simplesmente acreditam, a Casa do Alto vive numa escala crescente, a idéia de que a realidade externa é um “espelho” de como estão os indivíduos em si diante de si mesmos, razão pela qual optaram por não mais lutarem contra os “moinhos de vento” de Cervantes, ou os espectros de sí mesmo e passam a trabalhar realmente as causas e não apenas as consequências de tudo isso que vemos por aí.
De um modo geral, a Casa do Alto entende que grande parte dos quais o mundo moderno convive decorre não só do modelo ou
sistema vigente e que, naturalmente, impõe e defende seus paradigmas na luta por sua sobrevivência como de resto faz ou faria qualquer organismo. Entende que o mundo ou a nossa civilização vive, em realidade um “crise de percepção”, até por continuar a achar, na sua compartimentada visão de mundo e realidade marcado por uma cultura cosmogônica simplesmente organizada, que as soluções virão quando cada peça do quebra cabeça for consertado. É uma maneira prática que estamos procurando operacionalizar cada vez mais para que todos possam cooperar efetivamente, enquanto nos mantemos mobilizados e conscientes de nossa potencialidade e do acervo de bens, recursos, conhecimentos e grau de mobilização que possuímos para a execução de nossos objetivos.